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A Medicina do Céu é para todos?

por José Maria Gomes Neto

A Grande Mutação é a mudança de valores. 2020 vem se mostrando um ano sem par. Parece que o planeta deu uma freada, ou para desviar de algum obstáculo no caminho, ou por que viram que do que jeito acelerada que estava bateria contra a parede no final do túnel. A conversa falaciosa de que para sair da crise econômica é preciso fazer o PIB crescer indefinidamente, produzir mais e mais riqueza, fazer o bolo crescer, mesmo que em detrimento da qualidade de vida do povo, já virou história da carochinha contada para o boi dormir.

A fábula da liberdade concedida a cada um pelas leis do "livre mercado" numa promessa auto regulatória, nunca será cumprida. O povo que coloca a mão na massa do pão é quem faz o bolo crescer. Acredita que é preciso fazer o bolo crescer primeiro, dando sua parcela de contribuição, senão não haverá mais emprego para todos, as empresas irão fechar, o país irá parar, e ai sim será pior para todos. A falácia é que depois, então, o bolo não será dividido em fatias proporcionais para todos. Primeiro dividem entre os investidores, depois entre os proprietários dos meios e bens de produção, sem falar nos dízimos das igreja e da administração pública, e por fim restam as migalhas ao povo, que é quem mete a mão na massa, amassa o pão, faz o pão crescer. No futuro haverá vergonha em explorar a mais valia do trabalhador. Espero que seja crime. Esta é a raspa do tacho da Era do Ter. Quem determina as leis do mercado, o preço do barril de petróleo, quanto custa o seu dinheiro? Quem é que se beneficia com estas leis? Não somos tão livres assim.

A verdade é que o sacrifício e o esforço é distribuído entre os mais pobres, numa espécie de comunismo às avessas, enquanto os mais ricos discutem as saídas para a crise no conforto de seus apartamentos de 1000 metros quadrados, gerado pelas leis que protegem a má distribuição da riqueza. Riqueza material não falta no mundo, nem no país. Basta ver o lucro trimestral dos bancos no Brasil. O que falta é humanidade a estes seres e famílias que se colocam superiores a todos, à plebe, aos párias da sociedade, porque atingiram a faixa de 1 bilhão de dólares. Sabe quantos há no mundo? Pesquise. A riqueza de um país não pode ser medida por aquilo que produz materialmente, mas sim pela qualidade de vida seu povo, da relação entre as pessoas. O valor de um homem não pode ser medido pelo que tem em seu nome, ou pelo nome que tem, mas pelos valores que tem.

Este é o primeiro grande aprendizado. Identificar o quão estão enraizados estes valores exploratórios no "mind set" - na mentalidade deste tempo. Os jovens são treinados a vender sucesso, saúde, beleza, satisfação material. carros, viagens, quando não seus helicópteros, iates e jatinhos particulares, ostentação de riqueza são a medida da realização pessoal. O sucesso é ter um, dois, dez milhões a serviço de fazerem sua riqueza para eles. O dinheiro aplicado nos paraísos fiscais, afinal não paga tanto impostos e sinal de segurança e rendimento certeiro. Este é o sonho de consumo. Começa no meu primeiro milhão. Bezerro de Ouro. Touro? Não, não é o signo, é apenas um ídolo, o símbolo da acumulação de riquezas na porta da bolsa de valores em Nova Iorque, na Meca do Capitalismo. Mas, que valores são estes?


Deste modo se propaga a narrativa que sustenta a dominação e a manutenção do estado de exploração dos outros,daqueles seres mais simples (são seres humanos também), muitas vezes ingenuamente cooperativos, como crianças que acreditam em Papai Noel, e que Papai do Céu vai salvá-los. Como ficam gratos quando lhe é dado um emprego! Estes não entram na complexidade competitiva das tais leis do mercado, não por não serem capazes ou por se sentirem impedidos pelas condições em que nasceram, mas porque a ótica perversa é essa: colocar a cenourinha na frente do burro, e quando pensam que estão quase chegando: o gato comeu. Então percebem que o que buscam se afasta na mesma velocidade. Na mesma proporção, Um entre um milhão é capaz de sair da linha da miséria de consciência que assola a humanidade nesse tempo de Grande Mutação. Seja porque este Um se enfronhou por meios escusos ou hereditários replicando modelos de dominação, ou, de outro modo, porque se deu conta de que a riqueza que se tem não é senão o uso que fazemos dela. Esses fazem milhões de amigos! É quando começa a Grande Mutação.

Veja a Figura: A Vênus pega o Touro pela Chifre, e vira de cabeça para baixo quando nasce matutina.

As severas leis do mercado impõem drásticas mudanças ainda mais rigorosas, nas relações humanas. Leis mais coercitivas que apertam ainda mais o cerco dos grilhões que já estrangulam com as rédeas sociais que movem o "livre" mercado desta "necroconomia".

Parece que não, mas a onda que vem depois da propagação da pandemia será maior, e vai exigir muitas novas habilidades para não ser pego pela onda.

A quebra no modelo padrão do sistema, há muito anunciado por cientistas, filósofos, astrólogos e artistas, parece ter data marcada, como previu Yves Cochet, ex-ministro do meio ambiente da França: "O desmoronamento civilizatório não é para amanha. É para amanhã de manhã."

 
 
 

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