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Medicina do Céu para os males do coração: O encontro de Vênus e Júpiter no Centro da Galáxia.


Existem um lugar em torno do qual giram todos os sóis de nossa galáxia. O Coração da Via Láctea. E se situa no Zodíaco entre o grau 26 e 27 de Sagitário. Lá a luz não entra, nem de lá escapa, e onde a luz não alcança, ou ilumina, a razão não enxerga: ali começam os mistérios da imaginação e, num nível ainda mais profundo, da fé. Saber que 95% de todo o Universo conhecido se trata de massa e energia escura é algo que nos faz crer que há algo além das estrelas. Mas isto é assunto mais próximo à Metafísica do que ao pensamento científico. É onde simplesmente pode-se afirmar que "há mais coisas entre o céu e a Terra do que se possa imaginar", coisas que nem sabemos que não sabemos, e que o meio de saber talvez esteja além da luz. A força deste "buraco negro" massivo é capaz de manter à sua volta, bilhões de estrelas, nos apontando a existência do lugar onde reside o mais profundo mistério.

Vênus, o Amor, e Júpiter, a Graça, têm encontro marcado no Coração da Via Láctea.

“A estrela conhecida como Júpiter inclui uma certa medida de fogo (e calor), no que lembra a Estrela Matutina (Vênus) e portanto parecendo estar aliado a esta.” (Plotino, 200 dC)

  • No dia 19 de novembro, o planeta Júpiter passa transversalmente pelo Centro da Galáxia, a 26 de Sagitário, um massivo buraco negro onde a luz não entra e nem de lá escapa, é o lugar no Zodíaco em torno do qual giram todos os sóis da Via Láctea.

  • Em seguida, no dia 23 é a vez do planeta Vênus cruzar este feixe luminoso de estrelas que divide o céu da Terra em dois: um conhecido, habitado por bilhões de sóis, e o outro, muito mais amplo e desconhecido, habitado pelos mais profundos mistérios: 95% do universo é composto por massa e energia escura.

  • Na sequência, Vênus e Júpiter se encontrarão às 10h34min do dia 24, a 28 de Sagitário.

Tabuletas de Argila, da Mesopotâmia

Há 3.000 anos, antigos sábios da Mesopotâmia inscreveram com caracteres cuneiformes em tabuletas de argila, hoje espalhadas em vários museus pelo mundo, o seguinte presságio acerca desta conjunção:

"Quando Vênus e Júpiter se encontram as orações da Terra alcançam o coração dos deuses." (Baigent,M. 1994. From the Omens of Babylon: Astrology and Ancient Mesopotamia. London).

Há uma abertura no céu para receber as nossas mais elevadas intenções, nossas preces, súplicas, orações: -“Pede e lhe será dado”. - “Bate e a porta se abrirá.” Ou simplesmente agradeça por tudo que lhe tem sido concedido. Mas é preciso que seja com coração, com oração. C/oração. Para esses dias de novembro, quero compartilhar com vocês uma canção/oração muito especial, que me traz a memória de muitas histórias, e soa como uma espécie de mantra nativo, pois traz o som de meus antepassados.

Aprendi dançando com Vó Aurora, anciã da Aldeia Guarani, de Aracruz, Espírito Santo. Este povo original desta terra, reza dançando, batendo com os pés ritmados no chão com muita leveza, como se estivesse despertando, abrindo e fechando o coração da Terra, no compasso do próprio coração. Ela rezava, dançava e cantava com tanta alegria e desenvoltura como se estivesse brincando de roda. E me contou que seus antepassados eram um povo caminhante, além fronteiras, faziam grandes deslocamentos, em busca de um lugar onde os males não existem. Nômades. Disse-me, que sempre que alguém precisa sair da aldeia, por algum motivo, em direção a algum lugar distante, eles se reúnem na Casa de Reza, para cantarem e rezarem dançando, para que, aquele que foi consiga encontrar o que procura, realizar o propósito e não sinta falta dos parentes. E, para os que ficam, também, para que fiquem bem.

Confesso que custei a aprender a cantar o Oremá. Há alguns sons guturais na língua Tupi Guarani de difícil pronúncia:

Oremá

Oroó potá Para rowai Orou anwã Taquary porã hei jey jey

A tradução que ela me passou, palavra por palavra, já que não dominava muito o português e eu, muito menos, o tupi-guarani, foi dando o sentido da canção/oração que diz:

"Caminhemos na direção de um lugar onde os males não existem que dá uma cana doce em fartura."

Todos estamos fazendo esta travessia, juntos a Vênus e Júpiter pela Via Láctea: de um lugar/estado atual de muitas incertezas e apreensões, para um lugar/estado desejado, de mais alegria, harmonia, confiança e potência de viver. Júpiter, “Arqueiro de Sagitário”, transita por este signo, o último fogo do Zodíaco antes da chegada do inverno no hemisfério norte, representado por uma “flecha de fogo” que aponta para o Coração da Via Láctea traz para o presente a VISÃO que mira o futuro que todos têm em comum. Sua presença em nossa vida representa a possibilidade de ir além do conhecido, de expandir a consciência, incluir a existência de novos mundos, novos horizontes nunca antes visitados. Foi assim que Galileu deu o salto epistemológico, mirando com sua luneta os satélites em volta de Júpiter e, em sua mente, projetou a Terra no espaço sideral e a libertou de seu confinamento, colocando-a em órbita em torno do Sol. É possível perceber os fios invisíveis dourados de Sol que mantêm os planetas ligados à sua órbita. Não podemos vê-los, mas podemos senti-los. Do mesmo modo, são os fios do amor: mantém-nos ligados uns aos outros por campos de energias invisíveis. Não podemos vê-los, podemos senti-los. Vênus e Júpiter são expressões de amor e sabedoria do Sol. Este, sim, é um órgão de amor, fonte de luz que irradia energia e calor. Infunde vida. Seu símbolo é um círculo com um ponto no centro. Mas se trata de um centro que se encontra em todos os lugares, de uma circunferência que não se encontra em lugar algum, parafraseando a ideia de Absoluto, de Pascal. É a presença da essência da vida que habita todo o universo. O centro do Universo não é o Homem, nem a Terra, nem o Sol, que gira em torno do Centro da Galáxia, que por sua vez se move em torno de outro centro superior. O centro não é um lugar físico específico no espaço, é apenas um ponto, e ponto não tem extensão. É uma Forma de Pensamento, que se desenvolve infinitamente ao longo de si mesmo, gerando a ideia de uma linha. Uma linha que divide a unidade em dois, como a Via Láctea divide o céu da Terra em dois: o lado conhecido e o desconhecido. Mas também, é a linha que divide, é mesma que une, que faz a ponte para travessia para o desconhecido, e liga estes dois aspectos da realidade, transcende e inclui. Como dia e noite são dois aspectos de um mesmo dia, e vida e morte são dois aspectos de uma mesma e única vida. É a linha do tempo da duração que se desenvolve infinitamente ao longo de si mesma dando origem ao plano. Planos que os planetas descrevem em torno do Sol, movidos por esta incomensurável força de atração do amor, que não precisa fazer qualquer esforço para mover o Universo Inteiro em sua direção.


Júpiter, neste momento, visto da Terra, aponta sua flecha para este ponto em torno do qual giram todos os sóis de nossa Galáxia, que como órgãos de amor nos abrem a percepção da presença da graça, da proteção, da confiança, abundância e prosperidade, o Bem como uma possibilidade accessível a todo ser vivo. Enquanto Vênus, por sua vez, nesta mesma região, é a recepção desta energia arquetípica do amor, do prazer, da harmonia e beleza: há uma medicina do céu para a cura dos males do coração. As energias arquetípicas de Vênus, o Amor, e de Júpiter, a Graça, conjugadas com o Sol de Sagitário.

A Graça do Amor está presente e disponível para todos, nestes dias de novembro, e os “brilhantes do céu” já podem ser vistos ao pôr do Sol de cada dia. Aproximam-se mais e mais um do outro, como dois diamantes luminosos, até se encontrarem no coração da Via Láctea, no dia 24/11.

Esta é a GRANDE FORTUNA que todos, sem exceção, podemos trazer conscientemente para nossa vida, pelo poder da oração: o coração é o templo. Para ouvir o que as estrelas falam é preciso entrar no espaço sagrado e silencioso do coração que compartilhamos com todos. No dia 19 de novembro, Júpiter entra em comunhão com o Centro Superior ao sistema solar, nos conecta com as dimensões espirituais da realidade. É como um salto no desconhecido, o salto da Fé. O planeta Terra precisa de oração, de mais ação do coração, do que de falação. Para isto, ao olhar para o céu, no pôr do Sol deste dia, contemple no seu mundo interior, o que habita em seu coração. O coração é o templo. Deixar que o Sol leve neste mergulho no horizonte, para o mundo da noite, lá onde moram os sonhos, a sua mais elevação intenção.

Já no dia 23, Vênus também faz a travessia. Em seu corpo, Vênus corresponde ao que os orientais chamam de Chakra Anahata, a morada do amor e a consciência do coração.

No dia 24 estarão em conjunção, às bordas do coração da Via Láctea, que está aberto para ouvir nossas orações. Há um alinhamento do coração do céu, com o coração da Terra, através do coração de cada um.

WORKSHOP + CELEBRAÇÃO

Vamos celebrar em São Paulo, nos dias 22 e 23 de novembro, com a Oficina de Astro*Coaching no Centro de Estudos Universais na Vila Madalena e no dia da CONJUNÇÃO - com o Encontro onde faremos uma Roda com "Oremá" e um espetáculo com árias de ópera com integrantes do Grupo Ártemis, "Venus e os caminhos do amor - no Estúdio Mawaca. Inscreva-se - O coração é grande, a sala não é tão grande: são poucas vagas.

www.oficinadeastrocoaching.com/oencontro

Workshop & Celebração

Venha participar deste Workshop/Celebração que irá acontecer em São Paulo nos dias 22 e 23 e 24 de novembro.

  • sexta de 19h as 21h30

  • sábado de 9h as 18h - no C.E.U - R. Natigui 422 - Vila Madalena

  • domingo de 9h as 12h30 no Estudio Mawaca, R. Inácio Borba, 483 - Chácara Santo Antonio

21 999138585

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