
Ao longo de 2019 => Júpiter e Saturno transitam por seus domicílios, respectivamente em Sagitário e Capricórnio, e desde já se preparam para encontrarem-se um com o outro no grau Zero de Aquário, no Solstício de 2020, depois de cerca de 20 anos, desde a última conjunção em Touro, a partir daí, a série de conjunções entre estes dois planetas ocorrerá em signos do elemento Ar, abrindo espaço para a GRANDE MUTAÇÃO: da Era do Ter para a Era do Ser. Em 2019 começa a “RETA FINAL” das preparações para A GRANDE MUTAÇÃO => o ano se apresenta como mediador, ou ponte, para finalização de processos que há muito foram iniciados: processos civilizatórios, ciclos dentro de ciclos, que podem ser chamados do fim da “Era do Ter”, a “raspa do tacho”, na qual valores materialistas e tecnificistas vieram se sobrepondo aos valores humanos e espirituais ao longo deste período começou lá no início do século XIX (1800), logo após a Era das Luzes (o ciclo do fogo) => ligado ao Iluminismo, quando durante os últimos 200 anos, o ciclo das conjunções entre Júpiter e Saturno ocorreu de vinte em vinte anos em signos do elemento Terra. Como são 4 elementos, podemos concluir foi há 800 anos, período historicamente conhecido como o desmoronamento do sistema feudal, a última vez que estes planetas fizeram a série de conjunções nos signos de Ar: Aquário, Libra e Gêmeos sinalizam, respectivamente, o Homem em sua maturidade cognitiva, no exercício de seu arbítrio, do autoconhecimento e liberdade de expressão do Ser (Aquário); a abertura para o aprendizado, por sua curiosidade interesse em se relacionar e fazer contato com cada um e com o mundo a volta (Gêmeos); e a capacidade de exercer o juízo acerca de suas ações, colocar na balança o discernimento entre o certo e o errado, o bem o mal, o justo e o injusto, enfim, a busca do caminho do meio (Libra). Já em 2019, Saturno avança diligentemente em direção à ampliação de seu domínio em Aquário. Pela astrologia tradicional, desde antes da descoberta de Urano, Saturno, o Senhor do Tempo, Tecelão do Destino, tem domicílio nestes dois signos; Aquário e Capricórnio => que simboliza a culminância do Zodíaco, análogo à chegada ao “alto da montanha, ou o cume da auto-realização”. E Júpiter, depois de 12 anos volta à sua casa => Sagitário, o único signo que remete a um Mito, o Centauro, metade Homem, metade Cavalo, que empunha o arco e flecha, aludindo à busca de ir além do horizonte que a vista alcança.
Deste modo, a força de 2019 se apresenta na VISÃO DE FUTURO que se abre com a passagem tanto de Júpiter por sua “Zona de Retrogradação” em Sagitário, como, simultaneamente, de Saturno, também em sua “Zona de Retrogradação”: em Capricórnio. O desafio é trazer a ideia para a Terra, o sonho para realidade e começar a construir o futuro que temos em comum.
A Mudança de Tom
Sagitário, seguindo a ordem zodiacal, representa aquele que detém o poder do último fogo, para fazer a travessia do tempo que se anuncia relativamente longo, sem luz, sem calor e de escassez do inverno, que nesta época do ano se aproxima, no hemisfério norte. É um símbolo, acima de tudo, de empoderamento da VISÃO, “prever para prover”, da antecipação do porvir, da renovação da fé, e da coragem em confiar na Visão de um propósito maior que se apresenta para a continuidade da caminhada da vida para o futuro, tão irresistível que não pode furtar-se de trazê-lo para o eterno presente. O fogo de Sagitário difere daquele do Áries, que é o fogo primeiro, do início da primavera e traz a força do impulso cardinal da vida que nasceu para vingar. E é também diferente do fogo do Leão, onde o todo poderoso Sol de meio dia consolida no apogeu do verão o que foi fecundado. Sagitário é o fogo maduro, que se propaga a galope, sem tempo a perder, feito o Centauro que o representa, e se espalha pelo mundo da vida, transpondo limites, no mito, o próprio limite humano. Depois de 12 anos, Júpiter volta ao seu domicílio ♐, do mesmo modo que o 🔥 fogo que habita o coração de cada ser humano na Terra, retorna ao Sol, o 🔥 fogo maduro Zodíaco, o 🔥 fogo maduro que se propaga de dentro para fora, como o entusiasmo e a confiança que irradia e espalha pela relva a transmissão da confiança definitiva na visão promissora do futuro, presente no aqui e agora. A chama de mão em mão se desprende e se liberta da substância da matéria, de volta à fonte, à origem da vida, de onde veio: o mesmo 🔥 fogo que habita as estrelas mantém acesa a chama no coração dos homens sobre a Terra.
2019 – A mudança de tom de Júpiter, que deixa as águas de Escorpião para Sagitário, seu domicílio, simboliza a expansão da VISÃO na direção do Futuro. Amplifica tudo que toca e ilumina novos horizontes possíveis de serem vividos. Durante o tempo de um ano em que transita por este signo, a cada doze anos, há uma oportunidade única de acender a chama de sua luz interior, da confiança definitiva no futuro e iluminar os caminhos do que você quer construir e viver, no mundo exterior.
A Importância da Visão de Mundo
“A nossa visão do mundo não é simplesmente a maneira como contemplamos o mundo. Se estende para dentro para constituir o nosso Ser Interior, e para fora para constituir o mundo.” (Richard Tarnas)
É importante que a visão das possibilidades infinitas “jupiterianas” se equilibre com o que a experiência mostra que é possível. Júpiter representa o que na experiência enobrece, a amplitude mental, o pensar com a mente grande, não com a mente mesquinha: - É a abertura para a consideração dos demais, a percepção de participação do todo, o universal, daí ser um sinal da BOA FORTUNA. Tal visão estimula ações do Bem, do fazer bem, o bem aos outros, é a atitude benévola, benéfica, benevolente.
Júpiter pode ser percebido como o “logos” que traz o “ethos”, ou , ou entendimento que promove a conduta, de uma tendência para o bem, o querer bem a quem se quer bem, ou a outrem, não importa quem, que existe universalmente dentro de cada um . É aquele algo mais em nós que quer o algo mais, o melhor para os demais, para todo outro, aquilo que o torna mais, o exorta, o que faz depósitos de confiança, que faz o outro crescer, que aposta na vida. É o enfoque entusiasta, o motivador, a forma de incentivo e que enxerga no risco a oportunidade para se lançar.
Quando Júpiter transita por Sagitário: não existem metas impossíveis. “Impossível é o que não foi tentado”. O Centauro está disposto a ir buscar sua flecha que aponta para o infinito, para o Centro da Galáxia, aonde quer que seja. Nem o amor ao país, nem as demandas familiares têm o poder de deter a força deste “pathos”, essa paixão da exaltação ao prazer de ir aprender nem que seja uma só coisa: “Se conseguirmos, seguindo o caminho do Sol, lançar o olhar sobre o mundo desabitado.”
A ativação das energias positivas de Júpiter em 2019 pode ser geradora de grandes oportunidades de expansão ou crescimento nas mais diversas áreas, principalmente quando se relaciona com os princípios de Saturno, se amplia a capacidade de aproveitar as oportunidades de realização daquilo para o qual para o qual você está preparado. Este é o equilíbrio do sistema que produz a "Sorte", ou a "Boa Fortuna" - a preparação quando encontra a oportunidade gerada.
Qualidades e atitudes Jupiterianas que criam oportunidades de crescimento: - otimismo, fé, entusiasmo, alegria, autoconfiança e depósito de confiança nos demais. =>sociabilidade, visão de propósito, abertura para a noção de aventura e descoberta do Todo: é aquela paixão “de que nada permaneça oculto para mim”. É a audácia de querer ir mais além de todos os horizontes. No plano intelectual, é a mente aberta, para aprender e ensinar. Enxergar ao longe.

Este ano de 2019, Júpiter chega ao grau 24 de Sagitário, estaciona para depois retornar até o grau 14, como que tomando distância, colocando-se numa “meta-posição”, uma espécie de “des-afastamento” daquelas situações percebidas, para depois de estacionar, enfim se lançar direto na direção do Centro da Galáxia, que se situa a 26/27 deste signo. O Centro Galáctico é um lugar no Universo em torno do qual giram todos os sóis da Via Láctea. É mais do que um centro de referência superior, é um Ponto de Alavancagem para todo o sistema solar, é a abertura definitiva para o desconhecido, um salto para a transcendência e todo mistério.
Júpiter, arqueiro de Sagitário, representado pelo Centauro, estaciona diante deste gigantesco buraco negro, formado por um campo de energia e de massa escura, onde a luz não entra, e de onde a luz não sai, mas que exerce a força de atração de bilhões de sóis que se dirigem para este futuro indeterminado. Júpiter parece mirar o objetivo de ir além de horizontes até então possíveis de serem representados.
Mas qual será a visão mitológica que do Centauro?
O que vê, ao se deparar com o Centro da Galáxia, no limite da luz, diante do grande mistério?
Quando há ausência de luz lá fora, buscamos a luz em nosso interior: as nossas visões de mundo não apenas contemplam o mundo da vida, à volta, ou no exterior, mas alcançam lugares muito distantes, campos de possibilidades infinitas, além da imaginação, eis o poder da intuição: a experiência do conhecimento direto. É o acesso ao campo de informações e energias disponíveis a cada momento, onde reside uma oportunidade única de acender a chama de sua luz interior para iluminar uma visão mais clara de futuro e os caminhos no mundo por onde você quer viver, em forma de significado. As visões de mundo têm o poder de criar e construir mundos, como Pontos de Alavancagem de um Sistema.
Problemas Jupiterianos (a serem evitados):
- auto-engrandecimento, falta de limites, fanatismo, superestima, soberba, dono da verdade, arrogância e prepotência. O Centauro, meio homem, meio cavalo, pode ser representado pelo
"Ideal prestigioso de um cavaleiro que sabe muito bem que nunca será arrancado da montaria." (Gaston Bachelard)
Mas quando o Centauro cai, lá se vai o cavalo inteiro: é a soberba que precede a queda. E quanto mais alto for, maior o tombo. O salto no escuro maior que as pernas. Seu maior pecado é o exagero descomedido: errar pelo excessivo, da autoconfiança que se nutre do risco e não vê o perigo, nem o tropeço. Ao não dimensionar devidamente suas Metas acaba atirando flechas para todos os lados sem alcançar alvo algum. Daí a importância do foco, o “pensamento-semente” de Sagitário:
“Eu miro um objetivo, atinjo este objetivo. Miro outro objetivo.” (Alice Bailey)